A humanidade evoluiu e a
tecnologia também, trazendo facilidades para a vida contemporânea. Há algumas
poucas décadas, ninguém imaginava que tirar foto se tornaria tão fácil, barato
e comum como é hoje. Por isso, entre tantas inovações, o celular se destaca por
sua infinidade de funções, e nada se compara à sua capacidade de registrar
momentos, por meio das fotos e selfies. No entanto a insensatez humana faz
desse aparelho uma arma quando é usado de maneira errada.
Recentemente, um
acidente fatal chamou, mais uma vez, a atenção para o perigo do uso do celular
ao volante. Em questão de segundos, por distração, pode-se perder a direção do
veículo e há a iminência de um grave incidente e foi isso que ocorreu com três
mulheres da mesma família, as quais perderam suas vidas, devido à
irresponsabilidade da motorista que dirigia e, ao mesmo tempo, gravava um vídeo
com o celular.
Além do perigo no
trânsito, provocado por motoristas que checam suas mensagens, tiram fotos e até
digitam textos em seus celulares enquanto dirigem, há muita irresponsabilidade
na hora de registrar um momento. Não faltam exemplos para constatar a
ignorância de muitos adeptos aos selfies que exageram na escolha do melhor
ângulo e colocam a própria vida e a dos outros em risco. Há notícias de jovens
que perderam a vida por não levarem a sério o assunto, nem analisarem a
periculosidade do local escolhido como penhascos, por exemplo.
Cabe dizer que, em
muitos casos, a vaidade toma o espaço da sensatez, pois mais vale a foto
perfeita, o vídeo que ganhará mais curtidas nas redes sociais, ainda que se
corram riscos para impressionar, do que se proteger. Ademais, hoje não se vive,
não se aproveita o momento especial, o show inesquecível. O que se faz é
assistir a tudo por meio das lentes do celular. Assim, os momentos passam, a
vida passa e pouco se aproveita realmente.
O mais viável para resolver esse impasse é ampliar o debate
sobre os perigos do celular e direção e a inconveniência arriscada do seu uso em
lugares perigosos. As campanhas de conscientização, promovidas por entidades
organizadas, escolas, órgãos públicos e a mídia são essenciais para alertar a
população. É preciso mudar o comportamento urgente para o autocontrole e o bom
senso. Desse modo, usando o celular com sensatez, ele se torna um aliado e não
um vilão. Devemos aproveitar o que esse aparelho tem de melhor, registrar os
momentos importantes e, é claro, usufruir com prudência e sensatez o lado bom
da vida.
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