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Fernando Pessoa, escritor português, de
grande importância mundial, afirmou que: “cultura não é ler muito, nem saber muito; é
conhecer muito”. A partir dessa
concepção, é possível afirmar que o ensino de disciplinas como Filosofia,
Artes, Sociologia e Literatura, nas escolas, é essencial para o estudante, principalmente
na sua formação e no seu desenvolvimento integral. Tais disciplinas, no
entanto, ainda esbarram na resistência de especialistas que consideram que as
ciências exatas são as mais importantes. Isso é um equívoco, uma vez que, na formação
humana, tudo é importante e contribui para a consolidação de uma base sólida
para os estudos e para a vida.
Sob a ótica desse pensamento, cabe ressaltar
a influência dos avanços na industrialização, corrente positivista, com raízes
na Revolução Industrial, em que se priorizava a ciência, a fim de buscar o
progresso a todo o custo. Além disso, o capitalismo e o utilitarismo favorecem
a ideologia de que arte e cultura não rendem lucro, portanto estão à margem na
grade curricular das escolas contemporâneas, salvo algumas exceções. A título
de ilustração, as aulas de matemática, física e biologia são reforçadas, têm maior
número de aulas por semana, ao contrário de disciplinas como história e
filosofia, por exemplo.
Ademais, o ensino da arte e de disciplinas
afins é visto tanto por alunos quanto por professores como uma carga horária desnecessária
e improdutiva. Desse modo, qualquer reforma que se faça no ensino médio de 2016
deve valorizar essas aulas, já que elas contribuem com a ampliação de
conhecimento de mundo do aluno e do seu poder de análise e crítica. E o que se
está propondo, hoje, pode excluir tais disciplinas e perpetuar o pensamento acerca
das matérias escolares como uma das menos importantes do que as outras.
Aristóteles afirmou que tudo é importante para a formação humana e disse ainda:
“onde
quer que se descuide da educação, o Estado sofre um golpe nocivo”. E
este sofrerá se descuidar da formação de crianças e jovens brasileiros. Então
precisa-se despertar, em toda comunidade escolar, a importância dessa área.
Sendo assim, pode-se confirmar que o ensino
da arte e da cultura é fundamental para a educação, já que promove a sensibilidade
do aluno, a socialização, a criatividade, desperta o senso crítico, amplia a
visão de mundo, encurta as distâncias socioculturais entre as diferenças
mundiais e promove o desenvolvimento de muitas habilidades do estudante.
Cabe salientar que o estudo de diferentes
formas de expressão artística e filosófica estimula o reconhecimento e o
respeito da diversidade cultural do país e, segundo Marcus Garvey, ativista
jamaicano, “um povo sem conhecimento da sua história, origem e cultura é como uma
árvore sem raízes”. Assim, tais disciplinas são fundamentais para a
compreensão da realidade brasileira e para a formação do indivíduo e da
cidadania, por isso devem-se estimular a arte, a dança, a música e o teatro nas
escolas.
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