A preocupação com o alto índice de jovens fora
da escola e de crianças sem creches vem se mostrando um óbice para a sociedade
brasileira. Nesta semana, o IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) mostrou os dados da última pesquisa e revelou números altíssimos
da desordem na educação brasileira. Conforme afirmou Sam Nujona: “A educação
deve ser a prioridade de todas as prioridades “, e isso não é o que está
acontecendo no país.
Atualmente, nos anos de 2019, a piora das taxas
de escolarização e o aumento vertiginoso da evasão escolar, observados pelas
pesquisas, demonstram a relevância de se debater os efeitos negativos do atraso
na educação. Esse retardamento no sistema educacional brasileiro pode ter sido
provocado pelo crescimento descontrolado de jovens fora do ensino médio,
oriundos, muitas vezes, do atraso escolar(em relação idade/série),
especialmente, entre jovens menos favorecidos, e pela falta de projetos
educacionais que incentivem a sua permanência na escola.
Segundo dados divulgados pelo IBGE, em 2018,
somente 16,5% dos jovens concluíram o Ensino Superior; no Ensino Médio, 30,7%
dos jovens brasileiros entre 15 e 17 anos estão atrasados ou fora da escola; no
Ensino Fundamental, 13,3% de adolescentes entre 11 e 14 anos estão atrasados ou
fora da escola; e chega a 11,3 milhões o número de analfabetos. Os piores
índices se concentram no Nordeste, seguido do Norte. Essa realidade torna
evidente a necessidade de se pensar em medidas que tenham por objetivo deter
tais números desordenadas e assegurar a educação de qualidade para todos.
Outrossim, merecem destaque os objetivos do PNE
(Plano Nacional de Educação), que têm metas a serem atingidas a fim de reduzir
esses distúrbios e os graves impactos educacionais como evasão, falta de vagas,
distorção entre idade/série. No entanto a demora da prática de tais objetivos
contribui com o aumento desses números e a resolução desse empecilho parece
estar bem longe.
Por tudo isso, a fim de reduzir esses danos
educacionais, os Governos Federal, Estadual e Municipal devem adotar medidas
urgentes para modificarem o quadro caótico em que se encontra a nossa educação,
investindo em ações pontuais, na distribuição de verbas, na ampliação de oferta
de vagas em creches para as crianças e na educação para todos, conforme foi
estabelecido nas Oito metas do Milênio, pela ONU - Organização das Nações Unidas.
Os governos devem, sobretudo, colocar em prática as metas estabelecidas pelo
PNE. Além disso, é preciso despertar o interesse de todos da sociedade a
importância da educação e inspirar nos jovens a vontade de estudar. E conforme
salientou San Nujoma, enquanto a educação não for prioridade, nenhuma nação vai
para frente.