O Dia
Internacional de Combate à Corrupção, que é 9 de dezembro, é uma data
importante, mas a luta contra esse crime é contínua, árdua e deve se estender a
todos. As Nações Unidas assinaram a Convenção contra a Corrupção em 2003 e esse
documento estimula todos os países membros a desenvolverem e a implementarem
meios para combater esse mal e o Brasil faz parte desse acordo.
Conforme o
dicionário, o vocábulo corrupção é o efeito ou o ato de corromper alguém ou
algo, com o objetivo de obter vantagens em relação aos outros por meios ilegais
ou ilícitos. Assim a corrupção é uma maneira desleal e cruel, uma vez que
dizima com as esperanças de um povo, bem como sua cidadania.
Hoje, no Brasil,
o Ministério Público tem desempenhado o seu papel de forma marcante e contundente.
Há diversas operações no combate à corrupção, que investigam propinas e desvios
milionários de dinheiro público. Vale lembrar que há muitas operações regionais
em toda a federação e que estão prendendo políticos, empreiteiros e pessoas do
mais alto escalão, o que dá esperança de que a justiça e o bem podem vencer. O
processo é moroso, mas é intenso.
No entanto,
infelizmente, enquanto uma quadrilha de corruptos é desmantelada, outras são
formadas. Isso significa que não basta investigar e punir enquanto as leis
forem brandas e lenientes. É necessário que leis mais severas devem ser
implantadas. Há projetos para tornar a corrupção em crime hediondo e isso
precisa de celeridade. Enquanto isso, na Câmara dos deputados,
senadores e vereadores, o assunto discutido é outro, o que se discute é quem
fica no poder, quem vai ser beneficiado.
É preciso muito
mais que um dia para combater a corrupção. Precisa-se urgentemente, de ações
profiláticas e inibidoras de atos ilícitos e criminosos que acabam com o erário. Cada vez que
ações corruptas são realizadas, o país deixa de investir na educação, na saúde
e na segurança da sua população. Cada vez que um crime de desvio de verba, de
propina é feito, deixa-se alguém morrer na fila em hospitais, diminuem-se as
vagas nas creches, faltam-se remédios nos postos de saúde, aumenta a
criminalidade e, o pior, dissemina a falta de ética, de respeito e de amor para
com a vida humana. Basta de corrupção. Precisa-se de pessoas honestas e capazes
de dizer não a esse crime.
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