sábado, 1 de setembro de 2018

Sinal de desencanto nas eleições

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As últimas eleições têm apontado alguns indicadores bem visíveis do desencanto do eleitor brasileiro. Estes são: abstenção, quando o cidadão deixa de comparecer no dia da eleição; voto nulo e branco, quando se decide não votar em ninguém; e títulos de eleitores jovens (16 e 17 anos, cujo voto é facultativo) deixam de fazer seus títulos. Essas situações apontam a desilusão com a política, mas é preciso rever o que pode ser feito para que esse "marasmo" não prejudique ainda mais o país, principalmente, as futuras gerações.
Cabe lembrar, primeiramente, que em cada época da história da humanidade, as regras eleitorais são moldadas de acordo com a sociedade. Na Grécia antiga, apenas os homens que atingiam a maioridade e que possuíam poder aquisitivo tinham o direito de votar. Sendo assim, mulheres e escravos estavam excluídos da vida política. No Brasil, na República Oligárquica, o poder centrava nas mãos de poucos, como os proprietários de terras, que usavam o voto de cabresto e influenciavam os indivíduos menos favorecidos a votarem em seus respectivos governantes. Consequentemente predominava-se a ideologia da elite sobre o sistema eleitoral, aumentando a desigualdade social. Além disso, as mulheres puderam participar do processo eleitoral apenas em 1932.
No século XXI, quando todos acima de 18 anos podem votar, percebe-se a negligência da população brasileira em participar efetivamente da vida política, a maioria vê esse processo como obrigação e não como dever e direito garantido pela Constituição Federal. Nesse ínterim, é preciso analisar o contexto atual para que propostas amenizem esse impasse e sejam discutidas visando ao benefício do país. No entanto não se deve menosprezar o desencantamento do povo, causado por diversas razões.
Segundo o jornal Estadão, em 2016, houve quase 18% de abstenções. O maior número de toda a história brasileira. Isso deve ser bem analisado para se evitar novos números recordes. Além do mais, a falta de informação contribui para o mal funcionamento das eleições, prejudicando o exercício da cidadania. É por meio do voto que se escolhe os representantes do povo. A omissão desse ato prejudica a situação do país e das futuras gerações. Se os indivíduos continuarem não participando, o futuro será pior.

Infere-se, portanto, que o voto é um direito e significa o poder do povo e é fundamental para a concretização da democracia. É preciso analisar bem os candidatos e suas propostas para fazer a escolha certa. Para tanto, a mídia precisa investir na conscientização da importância da participação efetiva do povo, incentivando o voto, apresentando debates e pesquisas reais, sem maquiagem. Por conseguinte, todos precisam exercer a sua cidadania para promover a mudança desejada e, segundo o filósofo chinês Confúcio: "não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros." Assim, mesmo desencantados, não podemos simplesmente nos omitir, lavando as mãos como Pilatos. 

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3 comentários:

  1. Disse acertadamente, Rosana. O difícil é achar um candidato em que se possa acreditar. São as mesmas falas de sempre e todos têm a solução para todos os problemas, mas nunca fazem vão continuar sem coragem e poder pra enfrentarem o vício do "toma lá dá cá".

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  2. É verdade! Acredito que este seja o ano eleitoral mais difícil de todos os tempos.

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